Prefeitura de Cocal continua praticando o mesmo esquema na execução de obras que gerou a operação escamoteamento.

(ÁUDIO) Cocal-PI: a empresa, do amigo do irmão, venceu a licitação

        


    

    Antes da notícia EXCLUSIVA de hoje deste Portal, que traz um áudio revelador no final desta matéria sobre a "tentativa de escamoteamento" de um caminhão carregado de meios-fios ocorrida há quatro dias em Cocal, queremos que você compreenda melhor o seguinte:

      PRIMEIRO:

        Se você é réu em processo criminal que possa levá-lo à prisão e responde em liberdade, mas descobrem que você CONTINUA praticando os mesmos crimes dos quais é acusado com provas robustas, você poderá sofrer uma "medida cautelar" chamada de "prisão preventiva". Este tipo de prisão visa impedir que os crimes sejam continuados, isto é, visa proteger a sociedade das ações criminosas do réu. 

        Veja abaixo o que diz o Código Processual Penal brasileiro a respeito disso:

"Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se:

I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais"

        O ex-prefeito de Cocal-PI, Rubens Vieira, é réu na Ação Penal da Operação Escamoteamento onde é acusado de enriquecer com fraudes a licitação milionárias da Prefeitura de Cocal-PI. No processo judicial ele já teve um sobrinho e um presidente de comissão de licitação presos preventivamente. Rubens Vieira, no entanto, nunca foi para a cadeia. 

        SEGUNDO:

        Há quatro dias, um caminhão carregado de meios-fios foi flagrado em frente à loja do irmão do Rubens Vieira. O material foi levado para uma obra da F F B SOUSA, empresa do município de Altos-PI. Essa empresa foi contratada por meio de uma licitação quando Rubens Vieira era prefeito de Cocal, em 2020. Se esse carregamento de meios-fios flagrado quatro dias atrás for prova de que os crimes elencados pela Operação Escamoteamento estão sendo praticados pelo ex-prefeito, ele poderá ter o mesmo destino que teve o próprio sobrinho: uma prisão preventiva. Pois hoje, na coordenação do Pior Piauí da Planície Litorânea, Rubens Vieira está envolvido com diversas outras obras de calçamentos, por exemplo, no povoado Brejinho, município de Luiz Correria. Caso seja comprovado crime nessa questão dos meios-fios, Rubens Vieira poderá ser preso preventivamente, isto é, para se prevenir a sociedade contra as ações atribuídas a ele na Ação Penal; sobretudo a partir do que nós trazemos hoje COM EXCLUSIVIDADE, nesta matéria, e que você irá ler e ouvir AGORA neste Portal:


SÓCIO DA F F B SOUSA ENTREGA O ESQUEMA


        Há quatro dias, publicamos uma matéria sobre indícios de irregularidades em obra de calçamentos na zona rural de Cocal-PI, nos povoados Cunduru e Tucuns. Logo depois, soubemos que "eles" foram atrás das câmeras de segurança da referida loja para tentar descobrir quem filmou o carregamento irregular de meios-fios. Isto pode indicar futura COAÇÃO DE TESTEMUNHAS. Cada vez mais, aumenta-se a suspeita que paria sobre a obra inacabada dos calçamentos de Tucuns e Cunduru.

        Diante disso, o Fiscal do Povo Godofredo Brito decidiu ligar ontem para um dos sócios da empresa F F B SOUSA que ganhou a licitação dos calçamentos ainda em 2020, num valor de mais de meio milhão de reais. Na ligação, o sócio da empresa acabou revelando algumas coisas muito esquisitas:

        1) o sócio da empresa disse que é na loja do irmão do ex-prefeito que ele compra todo o cimento que usa na referida obra. Ou seja, a verba pública sai das contas bancárias da Prefeitura, vai para a conta bancária da empresa F F B SOUSA e depois sai da conta bancária dessa empresa, na compra de cimentos, e vai para a conta bancária da loja do irmão do prefeito que contratou a tal empresa. Desta forma, as verbas públicas circulam no patrimônio da família vieira através de empresa que venceu licitação e cujo sócio é amigo da família. Enquanto isso, o povo de Cunduru e Tucuns fica comendo poeira com uma obra que já dura um ano e meio, quando era pra ter sido terminada em apenas 90 dias. 

        2) o sócio da empresa disse que é amigo do Carlim Vieira, irmão do ex-prefeito Rubens Vieira. Disse até que joga futebol com o Carlim. Neste ponto, lembremo-nos de que a Operação Escamoteamento revelou a existência até churrasco e folia em piscina entre pessoas que ganhavam as licitações de forma fraudulenta no município. Esse tido de relação de amizade entre vencedores entre participantes de licitações é também forte indício de que o grupo possa estar sim incorrendo na continuação dos crimes pelos quais respondem ainda em liberdade na justiça. Caso isto se comprove, a manutenção da liberdade de envolvidos significaria uma PERMISSÃO para a ocorrência de crime. O que se espera é que a Justiça não durma no ponto quanto a isso. 

Segundo a Operação Escamoteamento, os empresários que concorriam nas licitações eram tão amigos que se divertiam juntos em churrascos e piscinas

        

        3)  o sócio da empresa disse mais: que NÃO COMPRA MEIOS-FIOS JÁ PRONTOS, pois todo meio-fio que é utilizado nos calçamentos é fabricado pela própria empresa, no local da obra, isto é, pela empresa que ganhou a licitação. Ou seja, os meios-fios que foram levados da loja do Carlim Vieira para a obra pública em Tucuns não tem ligação alguma com a licitação que tratou dessa obra; e sequer esse carregamento de meios-fios é de conhecimento dos donos da empresa responsável pela obra. Será que existem notas fiscais desses meios-fios em nome da empresa responsável, que assume comprar cimento da mesma loja? O que está ocorrendo, afinal?

        4) o sócio da empresa disse que a obra (prevista pra ser concluída em três meses) só não foi concluída ainda porque as chuvas em Cocal não permitiram. Só que ele não se lembrou que já tivemos o verão de 2020 e o verão de 2021, ou seja, dois verões, isto é, no mínimo dez meses sem chuvas na soma desses dois períodos. Não faz sentido algum dizer que a obra está atrasada por causa de chuvas. Isto realmente não parece uma boa desculpa. E por não ser uma boa desculpa, fica evidente que isso não passa de uma desculpa de quem está escondendo as reais motivações de tal atraso. Qual seriam essas motivações, se a empresa já recebeu em suas contas bancárias mais de 85% do valor da obra?

        Ouça agora a conversa entre o Fiscal do Povo GODOFREDO BRITO e o sócio da empresa que é amigo do Carlim Vieira, este que é irmão do ex-prefeito de Cocal, Rubens Vieira. A empresa foi contratada por Rubens, a grana da Prefeitura entrou na conta bancária da empresa e desta conta, na compra cimento, foi para a conta da empresa do irmão do ex-prefeito. 




        Agora veja a matéria onde tudo isto começou. Clique na imagem abaixo:




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