AUXÍLIO EMERGENCIAL PODE CONTINUAR EM 2021, VEJA O QUE SE SABE ATÉ O MOMENTO.

A continuação do Auxílio Emergencial em 2021 é preocupação para milhões de brasileiros que não terão outra fonte de renda a partir de janeiro. Até o momento, não existe uma posição oficial do governo.

O mês de dezembro chegou e milhões de brasileiros já querem saber se haverá Auxílio Emergencial em 2021. Isso porque o último mês do ano de 2020 é quando termina o pagamento do benefício criado para amparar trabalhadores informais, microempreendedores e contribuintes individuais e desempregados durante a pandemia da COVID-19.

O Auxílio Emergencial foi pago inicialmente em cinco parcelas de R$ 600 (R$ 1.200 para mulheres chefes de família) e foi prorrogado por mais 4 parcelas de R$ 300 até o fim do ano. Em dezembro, a Caixa fará o depósito da 9ª e última parcela do Auxílio para beneficiários do Bolsa Família e inscritos no CadÚnico e pelas plataformas da Caixa. No total, são 67,8 milhões de beneficiários.
Mesmo com o fim do benefício batendo à porta, o governo federal ainda não bateu o martelo sobre como ficará a situação de milhões de cidadãos que a partir de janeiro de 2021 deixarão de contar com a assistência financeira. Com o adiamento da criação de um novo programa de transferência de renda e sem anunciar por enquanto a prorrogação do Auxílio Emergencial, a única certeza é que em 2021 o Bolsa Família continuará atendendo as cerca de 14 milhões de famílias inscritas no programa. Contudo, o governo estima que em torno de 6 ou 7 milhões de brasileiros que compõe os outros grupos de aprovados ficarão sem nenhuma fonte de sustento após o fim do benefício.

Governo não confirma extensão do Auxílio em 2021
O presidente Jair Bolsonaro já manifestou sua posição quanto a prorrogação do Auxílio Emergencial no ano que vem. Segundo declarações que tem feito em eventos e respostas a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o presidente não tem intenção de estender o benefício por mais tempo.
Na manifestação mais recente, realizada em Foz do Iguaçu-PR na última segunda-feira (1º), Bolsonaro afirmou que a prolongação do Auxílio seria o "caminho certo para o insucesso". Em visita à Ponte da Integração Brasil-Paraguai, acompanhado do presidente Mario Abdo Benitez, afirmou que "nada mais dignifica o homem do que o trabalho". "Alguns querem perpetuar tais benefícios. Ninguém vive dessa forma. É o caminho certo para o insucesso. E temos que ter a coragem de tomar decisões", disse Bolsonaro.
Na semana passada, Bolsonaro já havia se posicionado contra a prorrogação do benefício. "Pergunta para o vírus", respondeu a um apoiador quando questionado sobre a possibilidade. De acordo com o presidente, a expectativa do governo é que não seja necessário retomar o pagamento, visto que a economia deve se fortalecer e o vírus esteja "de partida do Brasil". "A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil".
Para Guedes, prorrogação está fora de cogitação
Alinhado com o presidente da República, o ministro da Economia Paulo Guedes também se posicionou contrário a uma nova extensão do Auxílio Emergencial em 2021. De acordo com a fala que realizou em um evento virtual, o governo não pretende prorrogar o benefício após dezembro deste ano. Segundo ele, a área econômica esté preparada para reagir no caso de uma segunda onda do vírus, mas que o cenário atual é de uma economia que está voltando forte e de diminuição da doença.
O ministro já havia declarado anteriormente que, caso o país seja afetado por uma segunda onda de contaminação do coronavírus, novos pagamentos do Auxílio Emergencial estariam garantidos. "Se houver uma segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza [que o governo vai pagar novamente auxílio emergencial]", disse Guedes. Segundo o ministro, seria mais fácil retomar o pagamento do benefício em 2021, visto que o governo já digitalizou 64 milhões de brasileiros com a abertura da conta poupança digital.
Uma possibilidade que parece ser cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro seria a ampliação do Bolsa Família com a inclusão dessa parcela de beneficiários que estará desamparada após o fim do Auxílio Emergencial. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, aumentar o Bolsa Família seria um plano mais palpável, visto que o espaço fiscal para a prorrogação do Auxílio seria muito reduzido.

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