"A gente não vive, vegeta" vítimas do césio-137 relatam dor 33 anos depois.

Odesson Alves Ferreira mostra as lesões das 2 mãos em decorrência de contato com o material radioativo.

 Dia 13 de setembro de 1987, dois catadores de sucata de Goiânia encontraram um antigo aparelho para radioterapias em uma clínica (Instituto Goiano de Radioterapia) desativada. Movidos pela curiosidade com a máquina, levaram-na para um ferro-velho, desencadeando o que jamais poderiam ter imaginado: o maior acidente com material radioativo do Brasil — e o maior do mundo fora de usinas nucleares, classificado com nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de 0 a 7. Foi no ferro-velho de Devair Alves Ferreira que o equipamento foi desmontado, e uma cápsula contendo um "pó azul que brilhava no escuro", encontrada. Começava ali o rastro de contaminação que trás  sequelas até hoje, 33 anos depois, para centenas de pessoas — e provocou quatro mortes poucas semanas depois. Entre elas, a de dois funcionários do ferro-velho de Devair; a de sua esposa Maria Gabriela Ferreira; e de Leide das Neves Ferreira, sua sobrinha, que na época tinha 6 anos e foi a primeira vítima fatal, tornando-se símbolo da tragédia...

33 anos depois acontece em COCAL, região Norte do Piauí, um verdadeiro crime e irresponsabilidade por parte da administração pública deste município, uma máquina de raio X foi vista jogada ao ar livre em frente à reforma do hospital Joaquim Vieira de Brito, depois, foi levada para a garagem da prefeitura, que fica por trás da agência do INSS, e no momento não se sabe de verdade do seu paradeiro.

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